1.25.2012

3ª SESSÃO : OVÍDIO (8)

Para ter acesso às fotografias da 3ª sessão das Leituras FLASH, acontecida hoje, dia 25 de janeiro, nos jardins da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e dedicada a Ovídio, clique aqui.


1.23.2012

3ª SESSÃO : OVÍDIO (7)



'Conquistada [Afrodite] pela beleza do jovem, já não cuida da orla
de Cíteros, nem demanda Pafo, rodeada de fundas águas,
ou a piscosa Cnido ou Amatunte, prenhe de metais.
Ausenta-se até mesmo do céu; ao céu prefere Adónis.
Não se afasta dele, só anda com ele; e embora habituada
a comprazer-se à sombra e a cuidar da beleza e a ampliá-la,
vagueia pelas serras, por bosques, por penedos e espinhos,
de veste arregaçada acima dos joelhos à maneira de Diana.
Atiça os cães e persegue presas não perigosas de caçar:
ora lebres que correm aos saltos, ora veados de altas hastes,
ora gamos; esquiva-se, no entanto, aos possantes javalis
e evita os lobos rapaces, os ursos armados de garras,
e os leões que se saciam com a matança do gado.

'A ti, também te avisa para os receares, Adónis, se de algo
podem seus avisos valer. "Sê bravo contra os que te fogem",
assim disse, "contra os audazes a audácia não é segura.
Não sejas temerário com riscos para mim, ó jovem,
nem provoques feras a quem a natureza deu armas;
que a tua glória não me custe caro. Nem a juventude,
nem a beleza, nem o que suscita a paixão comovem leões.
Os ferozes javalis têm raios nas presas recurvas
e a impetuosa raiva dos fulvos leões é tremenda,
raça que eu odeio." 
[...]
E deitou-se sobre a relva
e sobre ele, recostando a nuca no colo do jovem reclinado.
E intercalando beijos no meio das palavras, assim contou:

[...]

'Foge deles, meu querido, e com eles de todo o tipo de feras
que oferecem o peito ao combate e não as costas para a fuga,
para que a tua valentia não seja ruinosa para nós ambos.'

Assim o avisou a deusa; e, atrelando os cisnes, pelos céus
partiu. Porém, a bravura dele vai ao arrepio destes conselhos.
Ora, sucedeu que os cães, farejando um rasto fresco, um javali
fizeram sair do seu covil. Aprestava-se ele a sair da mata,
quando o jovem neto de Cíniras o atinge com um golpe de viés.
De imediato, o feroz javali arranca com o focinho curvo a lança
encharcada do próprio sangue, e persegue o rapaz, que foge,
espavorido, em ânsia de local seguro. Crava-lhe bem fundo
as presas na virilha, prostrando-o, agonizante, na areia fulva.
Entretanto, não chegara ainda a Chipre a deusa de Citeros,
levada pelos ares no leve carro puxado pelas asas dos cisnes,
quando, ao longe, reconheceu os gemidos do moribundo.
Para ali dirigiu as alvas aves. Ao descortinar, do cimo do céu,
o corpo exânime, contorcendo-se na poça do próprio sangue,
lança-se do alto, e ora rasga as vestes, ora arranca os cabelos,
ora lacera o peito com mãos que não eram dignas de o fazer.

"Nem tudo porém ficará sob a vossa lei", diz, queixando-se
contra o destino. "A recordação da minha dor permanecerá
para sempre, Adónis, e a cena da tua morte será repetida
todos os anos, reproduzindo por imitação a minha mágoa.
O sangue será transformado em flor. Pois, se acaso outrora
te foi permitido, Perséfone, transformar um corpo feminino
em perfumada hortelã, ser-me-á, então, agora negado
transformar o herói filho de Cíniras?" Tal dizendo, borrifou
o sangue com um néctar odorífero. Ao ser por este tocado,
aquele inchou, tal como da lama acastanhada costumam
brotar translúcidas bolhas. E a demora não foi maior
que uma hora inteira, quando do sangue desponta uma flor,
com a cor que costumam oferecer as romãs que encerram
os seus grãos sob flexível pele. A sua vida, porém, é breve.
Pois, mal segura e fácil de cair pela excessiva beleza,
arrancam-na os mesmos ventos que lhe dão o nome.'


_______________________________________(X. 529-739)





OVÍDIO.
Metamorfoses, trad.: Paulo Farmhouse Alberto, Cotovia, 2007.

1.22.2012

3ª SESSÃO : OVÍDIO (6)

Às 15h30 do dia 25 de janeiro, quarta-feira, juntamo-nos nos jardins da Faculdade de Letras da Universidade do Porto para ler o poeta romano Ovídio. Começamos com o Livro X das Metamorfoses.

3ª SESSÃO : OVÍDIO (5)



3ª SESSÃO : OVÍDIO (4)

A Fócide separa a região da Aónia dos campos do Era,
terra fértil, enquanto foi terra. Mas naquele tempo era
parte do mar, uma vasta planura de súbitas águas.
Aí uma alta montanha com dois picos sobe para os astros,
de seu nome Parnaso, e o seu cume ultrapassa as nuvens.
Quando Deucalião (pois todo o resto as águas cobriam)
levado na pequena barca, aqui desembarca com a esposa,
veneram as ninfas da Corícia, divindades dos montes,
e a profética Témis, que então era a senhora dos oráculos.
Homem algum houve melhor que ele, nem mais amante
da justiça, nem outra houve mais temente aos deuses.

Vendo o mundo imenso na transparente água estagnada,
e que de tantos milhares de homens restava só um,
e que de tantos milhares de mulheres só uma restava,
ambos inocentes, ambos devotados crentes nos deuses,
Júpiter dispersou o manto de nuvens, afastando as chuvas
com o Aquilão, e mostra as terras ao céu, o éter às terras.
A fúria do mar cessa. O senhor dos mares, pondo de lado
o tridente, acalma as águas e chama o azulado Tritão,
que emerge à superfície do abismo, os ombros cobertos
de conchas neles nascidas, e ordena-lhe que assopre
no sonoro búzio, e dê, deste modo, o sinal de retirada
às ondas do mar e aos rios. Ele pega na oca buzina,
que desde a ponta da sua espiral se retorce e se alarga,
buzina que, quando é assoprada no meio dos mares,
enche de som as costas que jazem sob cada um dos Febos.
Também agora, quando tocou a boca molhada do deus,
de barba a pingar, e, soprada, ela soou, como ordenado,
a retirar, ouviram-na todas as águas da terra e do mar;
e todas as águas pelas quais foi escutada ela travou.
Agora o mar tem litoral, o leito acolhe o rio, mesmo cheio,
[as torrentes descem e vêem-se despontar os montes,]
emerge a terra, crescem os montes, decrescendo as águas.
E após um longo período, as árvores exibem os cimos
desnudados, carregando o lodo deixado nas ramagens.

O mundo fora devolvido. Quando Deucalião o viu, vazio,
as terras desertas, imersas num silêncio profundo,
rebentaram-lhe as lágrimas. E assim se dirigiu a Pirra:
'Ó minha prima, ó esposa, ó mulher, a única sobrevivente,
a quem me liga a mesma estirpe, a origem de nossos pais,
que depois o leito a mim uniu e agora unem os perigos,
das terras, de todas quantas o nascente e o acaso vêem,
nós dois somos a população; o resto os mares possuem.
E ainda não podemos estar com toda a certeza confiantes
na nossa vida: as nuvens ainda me aterrorizam o coração.
Qual seria agora o teu estado de espírito, se sem mim
à morte tivesses escapado, ó pobrezinha? Como sozinha
poderias suportar o medo? Quem te confortaria na dor?
Pois eu, acredita, se o mar também te tivesse tragado,
ter-te-ia seguido, ó mulher, e o mar ter-me-ia também.
Oh! se eu pudesse, com as artes de meu pai, restaurar
os povos e moldar as terras, e nelas instilar vida!
Agora, o género humano sobrevive em nós dois apenas
(tal decidiram os deuses): restamos modelos de homens.'

Assim dissera; e eles choravam. Decidiram então ir orar
ao poder celeste e buscar ajuda nos sagrados oráculos.
Sem mais demora, chegaram juntos à corrente do Cefiso,
ainda não límpida, mas que já sulcava o leito familiar.
Depois de nela irem buscar água e borrifarem as vestes
e a cabeça, voltam o caminho na direcção do santuário
da sagrada deusa. Os seus frontões viam-se amarelentos
de musgo imundo, os altares estavam de pé, apagados.
Ao chegarem à escadaria do templo, ambos se prostram
de cara no chão, e, temerosos, beijam as frias pedras.
Assim falaram: 'Se com preces justas se deixam vencer
e enternecer os deuses, se a cólera dos deuses se aplaca,
diz, Témis, de que modo a perdição da nossa raça pode ser
reparada e traz auxílio, gentilíssima, ao mundo submerso.'
A deusa comoveu-se e proferiu este oráculo: 'Saí do templo
e cobri a cabeça, desapertai as vossas cingidas vestes,
e lançai para trás das costas os ossos da grande mãe.'

Quedaram-se largo tempo estupefactos. Pirra é a primeira
a romper o silêncio e recusa a obedecer às ordens da deusa;
de voz trémula de medo, roga que lhe perdoe: é que receia
magoar a sombra da mãe ao andar a atirar os seus ossos.
Mas cada um vai remoendo e relembrando um ao outro
as palavras do oráculo, obscuras, de significado oculto.
Até que o filho de Prometeu tranquiliza a filha de Epimeteu,
e tais palavras diz: 'Ou a minha perspicácia me engana,
ou o oráculo não é ímpio nem exorta a sacrilégio algum.
A grande mãe é a terra: no corpo da terra, as pedras, julgo,
são os ossos; estas é que ela ordena lançar atrás das costas.'
A interpretação do marido impressionou a neta do Titã;
mas ela hesita no que esperar: a tal ponto não confiavam
ambos no conselho celeste. Mas haveria mal em tentar?
Afastam-se, cobrem a cabeça e desapertam as túnicas,
e arremessam as pedras, como ordenado, para trás de si.
As pedras (quem creria se não o atestasse a antiguidade?)
começaram a largar dureza e a rigidez, e, com o tempo,
a amolecer, e, uma vez amolecidas, a assumir uma forma.
Depois, quando cresceram e uma natureza mais branda
lhes tocou certa forma humana, ainda não muito clara,
podia perceber-se, mas como se esboçada em mármore,
ainda não acabada e parecidíssima com uma estátua a meio.
Porém, a parte deles de terra, impregnada de uma certa
humidade, transformou-se e passou a servir de carne;
o que era sólido e não podia dobrar-se torna-se ossos;
o que antes era veio, permanece com o nome de veia.
Em breve, pela vontade dos deuses, as pedras lançadas
pela mão do homem assumem o aspecto de homens,
e o que foi atirado pela mulher, reformata-se em mulher.
Por isso somos uma raça dura que se mata a trabalhar,
e fornecemos provas da origem da qual nós nascemos.



___________________________________________(I. 313-415)





OVÍDIO.
Metamorfoses, trad.: Paulo Farmhouse Alberto, Cotovia, 2007.

1.11.2012

3ª SESSÃO : OVÍDIO (3)



O mestre
do Amor


Se alguém das nossas gentes não conhece a arte de amar,
leia este campo; e, depois de o ter lido, entregue-se, com sabedoria, ao amor.
É a arte e as velas e os remos que fazem mover as naus,
é a arte que faz mover, ligeira, a quadriga. É a arte que deve reger o Amor.
Era hábil Automedonte nas corridas e no manejo das rédeas;
Tífis, na proa hemónia, era um mestre;
a mim, Vénus me designou o artesão do Amor;
o Tífis e o Automedonte do Amor, assim me hão-de chamar.
É ele agreste, sem dúvida, e contra mim vezes sem conta há-de esbracejar;
mas é um menino, de tenros anos e idade própria para ser amestrado.
O filho de Fílira educou, com a ajuda de uma cítara, o jovem Aquiles
e, na suavidade da sua arte, amansou-lhe o coração agreste;
aquele que tantas vezes aos companheiros, tantas vezes aos inimigos encheu de pavor
é voz corrente que tremia diante do velho ancião;
as mãos que Heitor havia, um dia, de experimentar, quando o mestre lhas reclamava,
apresentava-as, submissas, às correias.
Quíron foi o mestre do Eácida; eu sou o mestre do Amor;
são, um e outro, crianças terríveis; são, um e outro, filhos de uma deusa.
Seja como for, verga-se o pescoço do touro ao pesado do arado,
os cavalos fogosos mordem o freio com os dentes;
também a mim se verga o Amor, por muito que me atinja o coração
com seu arco, por muito que me lance as suas chamas e as faça atear.
Quanto mais o Amor me atingiu, quanto mais na sua violência me abrasou,
tanto melhor vingador hei-de ser dos golpes que sofri.
Não vou mentir-te, ó Febo, e dizer que foi por ti que tais artes me foram dadas;
nem sou inspirado pelo canto das aves que voam no ar
nem avistei Clio e as irmãs de Clio,
enquanto guardavam os rebanhos, ó Ascra, nos teus vales;
é a experiência que estimula este canto; prestai atenção a um poeta experimentado.
É verdade o que canto! O começo, ó mãe do Amor, favorece-o.
Ficai longe daqui, fitas inocentes, emblemas de pudor,
e vós, longos mantos caídos, a cobrir a metade dos pés!
Eu, uma Vénus vivida em segurança e amores secretos consentidos é o que canto,
e nos meus versos crime algum há-de haver.


__________________________________________________________(I. 1-34)



OVÍDIO.
Arte de Amar, trad.: Carlos Ascenso André, Cotovia, 2006.

1.07.2012



Muito obrigada à Joana Matos Frias pela partilha. Este poderia ser muito bem o hino das Leituras FLASH.

1.04.2012

3ª SESSÃO : OVÍDIO (2)



Destas terras, envolto no seu manto da cor do açafrão,
afasta-se Himeneu pelo céu sem fim, rumando à região
dos Cícones. Mas é em vão que o chama a voz de Orfeu.
É certo que ele esteve presente; mas não trouxe com ele
palavras solenes, nem rostos alegres, nem augúrio feliz.
A tocha que empunhava chiou até ao fim, com um fumo
que fazia os olhos chorar, e nem até agitando-a se ateou.
O desfecho foi pior que o início. Pois quando a nova esposa
passeava num prado na companhia do grupo de Náiades,
morre com uma mordidela de serpente no calcanhar.
Depois de muito a ter chorado junto às brisas do céu,
para não deixar de tentar até nas sombras da morte, o vate
do Ródope ousou descer ao Estíngio pela porta de Ténaro.
Através de povos insubstanciais e fantasmas dos sepultados,
chegou ao pé de Perséfone e do senhor que governa
o desagradável reino das sombras. E dedilhando as cordas,
assim cantou: 'Ó deuses deste mundo situado sob as terras,
no qual voltamos a cair todos quantos nascemos mortais,
se é lícito e permitis falar verdade, e pôr de lado rodeios e
falsidades, não desci aqui para ver as trevas do Tártaro,
nem para acorrentar as três goelas desse vosso monstro,
o rebento de Medusa, cobertas de víboras como pêlos.
A razão da vinda é a minha esposa, a quem uma serpente,
ao ser pisada, injectou veneno, roubando os anos juvenis.
Quis ser capaz de tal suportar, e não negarei que o tentei:
mas o Amor venceu. Famoso é o deus na região superior;
se o é também aqui, não sei. Mas calculo que o seja também:
se a fama do antigo rapto não é falsa, também vós fostes
pelo Amor unidos. Por estas paragens repletas de pavor,
por este Caos ingente e o silêncio deste reino imenso, rogo:
tornai a tecer o destino apressadamente cortado de Eurídice.
Todos nós vos somos devidos; após uma breve demora,
tarde ou cedo nos apressamos para esta morada apenas.
Todos vimos para aqui, pois esta é a nossa mansão final;
e vós tendes o mais duradouro poder sobre o género humano.
Também ela, quando, já madura, tiver completado os anos
justos, será vossa súbdita: peço que ma deis por empréstimo.
Mas se os destinos me negam este favor pela minha esposa,
estou decidido a não voltar: rejubilai com a morte dos dois.'

Enquanto tal dizia, acompanhando as palavras com o tanger
das cordas, as almas exangues choravam. Tântalo não buscou
apanhar a água fugidia, a roda de Ixíon imobilizou-se de pasmo,
as aves pararam de debicar o fígado, as Bélides não cuidaram
das vasilhas, e até tu, Sísifo, te sentaste sobre o teu pedregulho.
Conta-se que então, pela primeira vez, as faces das Euménides
se molharam de lágrimas, conquistadas pelo cantar dele.
Já nem a esposa real nem o que governa o mundo inferior
logram tal recusar ao suplicante, e mandam chamar Eurídice.
Estava entre as sombras recentes, e veio vagarosa pela ferida.
O herói do Ródope recebe-a juntamente com uma condição:
não voltar o olhar para trás até ter saído dos vales do Averno,
ou então aquele benesse viria a ficar sem efeito.

Pelo meio de silêncios mudos tomam uma vereda a subir,
íngreme, escura, mergulhada em neblina opaca e densa.
Já pouco lhes faltava para a orla das regiões superiores,
quando ele, receoso de ela não vir atrás e ansioso por vê-la,
voltou o olhar, apaixonado. De súbito, ela desliza para trás.
Esticando os braços, lutando por agarrar-se e ser agarrada,
a desgraçada nada apanhou, a não ser o ar fugidio.
E agora, morrendo por segunda vez, de nada se queixou
do marido (de que se queixaria, a não ser de ser amada?).
Dizendo um derradeiro 'Adeus!', que já a muito custo
ele ainda ouviu, volveu de volta ao local de onde partira.

A segunda morte da esposa paralisou Orfeu de estupor,
tal como quem vê o cão do Estígio, o dos três pescoços,
acorrentado pelo do meio, a quem o terror não abandona
antes da antiga forma o fazer, pois o corpo torna-se pedra;
ou como Óleno, aquele que imputou um crime a si mesmo
e quis parecer culpado, ou como tu, desventurada Leteia,
fiada na tua beleza: dois corações outrora tão unidos,
hoje em dia vós sois pedras que o húmido Ida carrega.
Em vão implorou e quis passar de novo, mas o barqueiro
impediu-lhe a travessia. Por sete dias se quedou sentado
ali na margem, andrajoso, sem tocar nos dons de Ceres:
o seu manjar eram a aflição e a dor da alma e as lágrimas.
Queixando-se da crueldade dos deuses do Érebo, retirou-se
para o alto Ródope e para o Hemo, açoitado pelos Aquilões.

___________________________________________(X. 1-77)


OVÍDIO.
Metamorfoses, trad.: Paulo Farmhouse Alberto, Cotovia, 2007.

1.01.2012

3ª SESSÃO : OVÍDIO

Às 15h30 do dia 25 de janeiro, quarta-feira, juntamo-nos nos jardins da Faculdade de Letras da Universidade do Porto para ler o poeta romano Ovídio. Começamos com o Livro X das Metamorfoses.